A poluição é um daqueles
problemas de que grande parte das pessoas fala como se não tivesse nada que ver
com o assunto quando na realidade depende muito de cada um de nós e afecta-nos
a todos.
Foto: José Lopes/etcetal.pegada.net
Uma prova concreta disso está no avanço do mar que ficou bem visível este
inverno em vários pontos da costa portuguesa. Há muito que se falava dos
icebergues que estão a derreter, das alterações climáticas, da erosão costeira
e de efeitos que tais da poluição, mas tudo isto era visto em geral como uma
preocupação restrita aos ambientalistas, como se nunca se viesse a concretizar.
Muitos houve para quem as vozes contra as construções junto ao mar eram apenas vozes de anticapitalistas que só sabiam ser do contra, prontos a vociferar contra negócios milionários que violavam os planos de ordenamento do território - e isto nos casos em que os havia a sério.
O resultado está finalmente à vista em Portugal de forma inequívoca e ainda esta primavera vão começar a ser demolidas as construções em risco. Só este ano o Governo conta que avance a demolição de 835 instalações ilegais. Como as autarquias as deixaram estar de pé até agora é que eu não sei. Ou melhor, desconfio. Mas isso são contas de outro rosário.
Voltando à poluição, Pequim e Paris são apenas dois exemplos a ter em conta. Na capital francesa os elevados níveis de poluição no final da semana passada levaram as autoridades a incentivar a população a deixar ficar em casa os automóveis, tornando os transportes públicos gratuitos durante o fim de semana. Agora foi imposta a circulação alternada de viaturas em Paris.
Muitos houve para quem as vozes contra as construções junto ao mar eram apenas vozes de anticapitalistas que só sabiam ser do contra, prontos a vociferar contra negócios milionários que violavam os planos de ordenamento do território - e isto nos casos em que os havia a sério.
O resultado está finalmente à vista em Portugal de forma inequívoca e ainda esta primavera vão começar a ser demolidas as construções em risco. Só este ano o Governo conta que avance a demolição de 835 instalações ilegais. Como as autarquias as deixaram estar de pé até agora é que eu não sei. Ou melhor, desconfio. Mas isso são contas de outro rosário.
Voltando à poluição, Pequim e Paris são apenas dois exemplos a ter em conta. Na capital francesa os elevados níveis de poluição no final da semana passada levaram as autoridades a incentivar a população a deixar ficar em casa os automóveis, tornando os transportes públicos gratuitos durante o fim de semana. Agora foi imposta a circulação alternada de viaturas em Paris.
Foto: Patrick Kovarik/AFP/Getty Images/theguardian.com
No final do mês passado, a cidade de Pequim esteve em estado de emergência por causa dos elevados níveis de poluição e a população mais sensível (crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios) foram aconselhados a não sair de casa. Quase 150 empresas industriais de Pequim limitaram ou suspenderam a produção, obedecendo às medidas de emergência adotadas pelo município para reduzir a poluição.
Uma boa notícia é que o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou na semana passada que o seu Governo vai lutar contra o problema, apesar de "a guerra contra a poluição" ser "uma batalha difícil" e que "vai demorar tempo" a vencer. Há medidas concretas no horizonte, o que pelo menos já é um bom começo.
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