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domingo, 23 de março de 2014
A Europa vista pelos portugueses*
* O Queijo Trivial repudia qualquer tipo de opiniões generalizadas sobre povos ou nações, bem como qualquer tipo de referências xenófobas ou discriminatórias. O único objetivo deste post é fazer uma caricatura relativamente ao olhar estereotipado que muitos portugueses têm dos países com quem partilha o Velho Continente, à semelhança de outro tipo de mapas que circulam pela web.
Para quem gosta destas coisas, aqui fica o olhar dos gregos, dos ingleses, dos norte-americanos e dos espanhóis.
segunda-feira, 17 de março de 2014
Poluição de todos nós
A poluição é um daqueles
problemas de que grande parte das pessoas fala como se não tivesse nada que ver
com o assunto quando na realidade depende muito de cada um de nós e afecta-nos
a todos.
Foto: José Lopes/etcetal.pegada.net
Uma prova concreta disso está no avanço do mar que ficou bem visível este
inverno em vários pontos da costa portuguesa. Há muito que se falava dos
icebergues que estão a derreter, das alterações climáticas, da erosão costeira
e de efeitos que tais da poluição, mas tudo isto era visto em geral como uma
preocupação restrita aos ambientalistas, como se nunca se viesse a concretizar.
Muitos houve para quem as vozes contra as construções junto ao mar eram apenas vozes de anticapitalistas que só sabiam ser do contra, prontos a vociferar contra negócios milionários que violavam os planos de ordenamento do território - e isto nos casos em que os havia a sério.
O resultado está finalmente à vista em Portugal de forma inequívoca e ainda esta primavera vão começar a ser demolidas as construções em risco. Só este ano o Governo conta que avance a demolição de 835 instalações ilegais. Como as autarquias as deixaram estar de pé até agora é que eu não sei. Ou melhor, desconfio. Mas isso são contas de outro rosário.
Voltando à poluição, Pequim e Paris são apenas dois exemplos a ter em conta. Na capital francesa os elevados níveis de poluição no final da semana passada levaram as autoridades a incentivar a população a deixar ficar em casa os automóveis, tornando os transportes públicos gratuitos durante o fim de semana. Agora foi imposta a circulação alternada de viaturas em Paris.
Muitos houve para quem as vozes contra as construções junto ao mar eram apenas vozes de anticapitalistas que só sabiam ser do contra, prontos a vociferar contra negócios milionários que violavam os planos de ordenamento do território - e isto nos casos em que os havia a sério.
O resultado está finalmente à vista em Portugal de forma inequívoca e ainda esta primavera vão começar a ser demolidas as construções em risco. Só este ano o Governo conta que avance a demolição de 835 instalações ilegais. Como as autarquias as deixaram estar de pé até agora é que eu não sei. Ou melhor, desconfio. Mas isso são contas de outro rosário.
Voltando à poluição, Pequim e Paris são apenas dois exemplos a ter em conta. Na capital francesa os elevados níveis de poluição no final da semana passada levaram as autoridades a incentivar a população a deixar ficar em casa os automóveis, tornando os transportes públicos gratuitos durante o fim de semana. Agora foi imposta a circulação alternada de viaturas em Paris.
Foto: Patrick Kovarik/AFP/Getty Images/theguardian.com
No final do mês passado, a cidade de Pequim esteve em estado de emergência por causa dos elevados níveis de poluição e a população mais sensível (crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios) foram aconselhados a não sair de casa. Quase 150 empresas industriais de Pequim limitaram ou suspenderam a produção, obedecendo às medidas de emergência adotadas pelo município para reduzir a poluição.
Uma boa notícia é que o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou na semana passada que o seu Governo vai lutar contra o problema, apesar de "a guerra contra a poluição" ser "uma batalha difícil" e que "vai demorar tempo" a vencer. Há medidas concretas no horizonte, o que pelo menos já é um bom começo.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Vanuatu significa felicidade
Há umas semanas propus uma viagem
ao Palau. Desta vez vamos até ao Vanuatu, um pouco mais a Sul. Confesso a minha
atração pelas terras destas latitudes. Talvez os nomes algo engraçados sejam um
fator de peso. Seguindo esta ordem de ideias, Tuvalu também seria um bom
destino e não é muito longe do Vanuatu. Mas fiquemo-nos agora pelo Vanuatu, que
foi descoberto por um português.
Foto: http://vanuatu.travel
Pedro Fernandes de Queirós,
marinheiro nascido em terra onde não há mar (Évora), foi o primeiro navegador a
avistar as várias ilhas do atual Vanuatu em 1606. Na altura, o português
pensava que era parte de um continente do sul, a atual Austrália. Há mesmo quem
diga que foi ele que esteve na origem da palavra “Austrália” por assim ter
chamado às ilhas do Vanuatu. Se quiserem procurar na internet mais informações
sobre este descobridor, podem usar igualmente as palavras “Pedro Fernandez de Quiros”
que em vários sites o designam.
O Vanuatu só viria a ser um país independente em 1980, com a "Guerra do Coco" metida ao barulho. Este episódio é tão bizarro que vou deixar a vossa curiosidade procurá-lo na internet. Há mesmo o livro "The Coconut War: Vanuatu and the Struggle for Independence", do jornalista Richard Shears.
O Vanuatu só viria a ser um país independente em 1980, com a "Guerra do Coco" metida ao barulho. Este episódio é tão bizarro que vou deixar a vossa curiosidade procurá-lo na internet. Há mesmo o livro "The Coconut War: Vanuatu and the Struggle for Independence", do jornalista Richard Shears.
Foto: http://vanuatu.travel
Depois disto acho que nem precisava, mas falo das paisagens de cortar a respiração, das atividades aquáticas e subaquáticas, dos vulcões (duas placas tectónicas chocam aqui e os vulcões oferecem histórias incríveis como a da erupção que partiu uma das ilhas a meio), ou até das visitas às tribos.
Sim, pode parecer um pouco
bizarro, mas há visitas turísticas em que se podem assistir aos rituais das
tribos, e que incluem demonstrações de magia. Desculpem, mas isto mexe bastante
com a minha imaginação. Só consigo pensar em caldeirões fumegantes e danças tribais
com fatiotas bastante coloridas. O site turístico oficial do país oferece
algumas viagens mentais ao cenário http://vanuatu.travel/
Foto: http://vanuatu.travel
A
verdade é que nunca lá fui. E é por isso que invejo de certa forma Susana
Vieira Ramos. Não só esteve lá, como está agora a fazer uma exposição fotográfica
com o título “Pikinini do Vanuatu – ao encontro da felicidade”, de 5 a 26 de
fevereiro na Casa Municipal da Juventude de Aveiro. “Pikinini significa
«crianças» em bichlamar, uma das línguas veiculares e oficiais do Vanuatu, a
par do inglês e do francês”, pode ler-se no comunicado de imprensa que recebi
recentemente.
Tenho que dizer em abono da verdade que não a conheço, muito menos o seu trabalho. Mas, só por ter estado no Vanuatu entre 2010 e 2012 e fazer uma exposição fotográfica com este título sonoro sobre as crianças deste pobre país, é digna da minha admiração. Apesar da pobreza, o Vanuatu será um dos locais mais felizes do mundo, segundo o Happy Planet Index. Esta mostra de 50 fotografias de Susana Vieira Ramos pretende partilhar a felicidade que esta jovem emigrante portuguesa encontrou do outro lado do mundo.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Um dia havemos de ir ao Palau
A vida só é bem aproveitada se tivermos objectivos bem definidos. O meu grande objectivo de vida é ir ao Palau. Poderei fazer a minha viagem de sonho à Índia, mas nada se comparará ao Palau (e desculpem se prefiro dizer “ao Palau” em vez de “a Palau”).
Nada pode bater um país onde os habitantes se apresentam como construtores exímios de canoas – já que a subida do nível das águas do mar os ameaça cada vez mais, essa arte é capaz de dar jeito, digo eu.
Em segundo lugar, ter o búzio marinho como um dos instrumentos musicais típicos do país é no mínimo invulgar – devem estar a pensar que cá em Portugal também há disso, mas continuo a achar que não tem comparação, que é como comparar um pastel de nata da China a um pastel de nata de Portugal (aviso já que os pastéis de nata chineses são pouco doces e esbranquiçados demais).
A esta hora já várias pessoas deixaram de lado este post do nosso querido Quejo Trivial para ir ao Google procurar fotos das praias do Palau, já estão a sonhar com o clima tropical, a ver receitas com batata doce e mandioca, a rirem-se porque o país tem um dia dos jovens e outro dos idosos, ou então estão a avaliar o consumo de canábis no pequeno território.
Enquanto isso eu podia falar da História, da democracia ou das finanças do país. Mas não me apetece. Simplesmente porque, enquanto isso, eu fui pela milésima vez visitar o site oficial do Palau e já estou a sonhar, planeando a melhor e mais barata forma de voar para o arquipélago da Oceânia. E a pensar que talvez seja uma boa ideia fazer mergulho enquanto por lá estiver e que não posso esquecer a máquina fotográfica para imortalizar em alta definição os pássaros e as flores exóticas.
Há quem diga que alguns pontos do arquipélago são o princípio de tudo. E poderia lá ser de outra maneira num sítio onde os habitantes adoram acrónimos e os colocam por toda a parte em letreiros como “WAVE - Welcome All Visitors Enthusiastically” ou “STARS - Start Treating Alcohol Related Symptoms”?
Confesso que o que mais me fascina é a diferença horária em relação a Portugal, a distância, a dimensão do território. E que o que mais temo é que as ilhas desapareçam com a subida do nível do mar ainda antes de eu ir lá. A Amália Rodrigues cantava que um dia havemos de ir a Viana. A Viana do Castelo eu já fui. Ao Palau é que não. Mas hei-de ir.
Nada pode bater um país onde os habitantes se apresentam como construtores exímios de canoas – já que a subida do nível das águas do mar os ameaça cada vez mais, essa arte é capaz de dar jeito, digo eu.
Em segundo lugar, ter o búzio marinho como um dos instrumentos musicais típicos do país é no mínimo invulgar – devem estar a pensar que cá em Portugal também há disso, mas continuo a achar que não tem comparação, que é como comparar um pastel de nata da China a um pastel de nata de Portugal (aviso já que os pastéis de nata chineses são pouco doces e esbranquiçados demais).
Foto: Thor Vaz de Leon/Lonely Planet Photographer
Enquanto isso eu podia falar da História, da democracia ou das finanças do país. Mas não me apetece. Simplesmente porque, enquanto isso, eu fui pela milésima vez visitar o site oficial do Palau e já estou a sonhar, planeando a melhor e mais barata forma de voar para o arquipélago da Oceânia. E a pensar que talvez seja uma boa ideia fazer mergulho enquanto por lá estiver e que não posso esquecer a máquina fotográfica para imortalizar em alta definição os pássaros e as flores exóticas.
Há quem diga que alguns pontos do arquipélago são o princípio de tudo. E poderia lá ser de outra maneira num sítio onde os habitantes adoram acrónimos e os colocam por toda a parte em letreiros como “WAVE - Welcome All Visitors Enthusiastically” ou “STARS - Start Treating Alcohol Related Symptoms”?
Confesso que o que mais me fascina é a diferença horária em relação a Portugal, a distância, a dimensão do território. E que o que mais temo é que as ilhas desapareçam com a subida do nível do mar ainda antes de eu ir lá. A Amália Rodrigues cantava que um dia havemos de ir a Viana. A Viana do Castelo eu já fui. Ao Palau é que não. Mas hei-de ir.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Insólitos rolezinhos
O ser humano é uma surpresa e o mundo também não pára (sim Acordo
Ortográfico, continuo a escrever "pára" com acento!!!) de nos surpreender:
Depois de em outubro de 2013 a Câmara Municipal de Madrid ter anunciado que os músicos de rua eram obrigados a fazer uma prova que lhes permitisse tocar nas ruas da capital espanhola;
Depois de em novembro de 2013 as crianças da localidade espanhola de Picón, Ciudad Real, terem sido obrigadas a pedir autorização à Câmara Municipal para poder brincar na rua (andar de bicicleta, andar de patins, jogar à bola com os vizinhos passa a poder dar multa);
Depois de na semana passada, uma escola cabo-verdiana de São Vicente ter proibido aos alunos o uso de mini-saias e calças de fundo baixo;
Depois de na semana passada se ter ficado a saber que uma das práticas de guerra na República Centro-Africana é o canibalismo;
Depois de no final da semana passada a cidade italiana de Nápoles ter anunciado que quer identificar as fezes de cão nas ruas para multar os seus donos;
Há um assunto importante que quero destacar (não quero dizer que os outros não sejam importantes, mas alerto para este pela dimensão que está a tomar e pela repetição deste fenómeno tão próximo do Mundial de futebol do Brasil).
No sábado passado, os jovens da periferia de São Paulo (jovens pobres, entenda-se) marcaram mais um “rolezinho” e voltou a haver confusão com a polícia. Para quem nunca ouviu falar, um “rolezinho” é um encontro que jovens suburbanos marcam através das redes sociais em centros comerciais. Eles encontram-se para falar, ouvir música, arranjar namorado/a, passear no centro comercial.
Qual é o problema disto? Chegam a juntar-se centenas ou milhares de jovens em centros comerciais onde a classe média estava habituada a reinar e a fazer tranquilamente as suas compras (como aconteceu antes do Natal).
Volto a perguntar qual é o problema disto? A polícia intervém e usa gás e balas de borracha, como aconteceu no sábado. Os lojistas fecham as lojas com medo de saques. O centro comercial acaba por fechar a meio da tarde.
A justiça até tinha determinado multas para quem participasse neste encontro, após os furtos que se verificaram em dezembro. Mas isso não impediu os jovens de se encontrarem. E, apesar do músculo demonstrado pela polícia, não há registo de furtos nem feridos e o centro comercial reabriu ao final da tarde.
Houve mesmo queixas de outros jovens que não faziam parte deste “rolezinho” mas que estavam no centro comercial por acaso e dizem ter sido agredidos pela polícia.
Resumindo, o objetivo dos “rolezinhos” é o convívio, mas as autoridades parecem estar a recear a dimensão que estão a ganhar, porque o Mundial de futebol está quase à porta.
Não se percebe é se esta situação ganha os contornos que tem porque a polícia a isso incentiva com a sua atuação, ou se são os contornos que a situação tem ganhado que leva a polícia a atuar. Ou então percebe-se: as autoridades brasileiras é que estão com dificuldades em lidar com os “rolezinhos”…
Depois de em outubro de 2013 a Câmara Municipal de Madrid ter anunciado que os músicos de rua eram obrigados a fazer uma prova que lhes permitisse tocar nas ruas da capital espanhola;
Depois de em novembro de 2013 as crianças da localidade espanhola de Picón, Ciudad Real, terem sido obrigadas a pedir autorização à Câmara Municipal para poder brincar na rua (andar de bicicleta, andar de patins, jogar à bola com os vizinhos passa a poder dar multa);
Depois de na semana passada, uma escola cabo-verdiana de São Vicente ter proibido aos alunos o uso de mini-saias e calças de fundo baixo;
Depois de na semana passada se ter ficado a saber que uma das práticas de guerra na República Centro-Africana é o canibalismo;
Depois de no final da semana passada a cidade italiana de Nápoles ter anunciado que quer identificar as fezes de cão nas ruas para multar os seus donos;
Há um assunto importante que quero destacar (não quero dizer que os outros não sejam importantes, mas alerto para este pela dimensão que está a tomar e pela repetição deste fenómeno tão próximo do Mundial de futebol do Brasil).
No sábado passado, os jovens da periferia de São Paulo (jovens pobres, entenda-se) marcaram mais um “rolezinho” e voltou a haver confusão com a polícia. Para quem nunca ouviu falar, um “rolezinho” é um encontro que jovens suburbanos marcam através das redes sociais em centros comerciais. Eles encontram-se para falar, ouvir música, arranjar namorado/a, passear no centro comercial.
Qual é o problema disto? Chegam a juntar-se centenas ou milhares de jovens em centros comerciais onde a classe média estava habituada a reinar e a fazer tranquilamente as suas compras (como aconteceu antes do Natal).
Volto a perguntar qual é o problema disto? A polícia intervém e usa gás e balas de borracha, como aconteceu no sábado. Os lojistas fecham as lojas com medo de saques. O centro comercial acaba por fechar a meio da tarde.
A justiça até tinha determinado multas para quem participasse neste encontro, após os furtos que se verificaram em dezembro. Mas isso não impediu os jovens de se encontrarem. E, apesar do músculo demonstrado pela polícia, não há registo de furtos nem feridos e o centro comercial reabriu ao final da tarde.
Houve mesmo queixas de outros jovens que não faziam parte deste “rolezinho” mas que estavam no centro comercial por acaso e dizem ter sido agredidos pela polícia.
Resumindo, o objetivo dos “rolezinhos” é o convívio, mas as autoridades parecem estar a recear a dimensão que estão a ganhar, porque o Mundial de futebol está quase à porta.
Não se percebe é se esta situação ganha os contornos que tem porque a polícia a isso incentiva com a sua atuação, ou se são os contornos que a situação tem ganhado que leva a polícia a atuar. Ou então percebe-se: as autoridades brasileiras é que estão com dificuldades em lidar com os “rolezinhos”…
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Uma casa com 'mau' ambiente
Ioane Teitiota não queria voltar para casa.
Provavelmente por causa da pobreza, mas o argumento que usou em tribunal
também ajuda a explicar essa pobreza.
Ioane, de 37 anos, acusou o governo do seu Kiribati natal de
passividade perante as alterações climáticas que ameaçam a existência
deste arquipélago do Pacífico. É que além de estar a perder território (que em muitas das 32 ilhas é de apenas dois metros acima do nível do mar)
com a subida do nível do mar, este fenómeno está também a aumentar os
efeitos das ondas e das tempestades, poluindo os lençóis de água doce e
matando as terras agrícolas.quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Cuidado fräulein Merkel, foi assim que Alemanha perdeu a Guerra
Declaração de interesses: Eu não acredito que o Paul McCartney esteja morto. Nem que o Obama seja o Diabo. Nem que o Elvis está vivo. E, muito menos que a Merkel seja um novo Adolf. Acho esta comparação até de uma demagogia inquietante. Mas também não sou um admirador da nossa chanceler ao ponto de reinventar a música dos Hot Chocolate, para um “I believe in Merkel”. No entanto, gosto deste vídeo e sugiro que dancem ao som dele.
Não querendo reescrever a história, lembro que no comité central exalta-se um episódio diferente que dá pelo nome de “Batalha de Estalinegrado”. A campanha começou muito bem para os alemães que avançaram pujantes e até chegaram a ver as torres do Kremlin. No entanto, chegou um inimigo poderoso – o maior aliado de Estaline – e o poderoso exército nazi, desde o material bélico aos soldados, começou a claudicar. Foram forçados a recuar, numa história que já todos sabem como acaba: num bunker.
Esse grande inimigo foi... a neve. Não subestimem os seus poderes. Hitler que o diga. Foi ela (a neve) que fez a Alemanha perder a Guerra em 1945, embora as crianças na preparatória insistam que foi por os alemães se terem curvado para atar os sapatos. Além disso, a neve tem boa aparência, anima as pessoas, e – sempre que quer – abre os telejornais.
A neve conseguiu o que Gordon Brown, Romano Prodi, Paulo Krugman, 11 milhões de gregos e 10 milhões de portugueses não conseguiram: mandar a Merkel ao chão. A chanceler alemã partiu a bacia enquanto esquiava nas férias de Natal e agora é forçada a andar de muletas. É a isto que se chama abrandar a austeridade. E ainda dizem que os alemães não têm jeito para quebrar o gelo...
A neve é lixada para os germânicos (a propósito: Força Schumi! As melhoras campeão!), mas não só. Basta ver o exemplo de Michael Kennedy (esta família quase que não conta: “acidente” e “Kennedy” é pleonasmo), que em 1997 morreu desta forma e já este ano um príncipe holandês, que morreu na sequência do mesmo tipo de acidente.
Por cá – em época de animal feroz – Sócrates (em 2006) também teve os seus confrontos com a neve a esquiar, tendo esta terrível inimiga feito do primeiro-ministro um português suave de muletas. A neve, aqui, mais eficaz que Marques Mendes, então líder da oposição.
Conclusão: Se queremos parar com a austeridade não é preciso pedir um segundo resgate, um programa cautelar ou juros da dívida abaixo dos 6%. Basta receber a nossa chanceler na Serra da Estrela no Inverno. Caso contrário, como dizem os senhores do Meo, temos sempre o Marco do Big Brother.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
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