Declaração de interesses: Eu não acredito que o Paul McCartney esteja morto. Nem que o Obama seja o Diabo. Nem que o Elvis está vivo. E, muito menos que a Merkel seja um novo Adolf. Acho esta comparação até de uma demagogia inquietante. Mas também não sou um admirador da nossa chanceler ao ponto de reinventar a música dos Hot Chocolate, para um “I believe in Merkel”. No entanto, gosto deste vídeo e sugiro que dancem ao som dele.
Não querendo reescrever a história, lembro que no comité central exalta-se um episódio diferente que dá pelo nome de “Batalha de Estalinegrado”. A campanha começou muito bem para os alemães que avançaram pujantes e até chegaram a ver as torres do Kremlin. No entanto, chegou um inimigo poderoso – o maior aliado de Estaline – e o poderoso exército nazi, desde o material bélico aos soldados, começou a claudicar. Foram forçados a recuar, numa história que já todos sabem como acaba: num bunker.
Esse grande inimigo foi... a neve. Não subestimem os seus poderes. Hitler que o diga. Foi ela (a neve) que fez a Alemanha perder a Guerra em 1945, embora as crianças na preparatória insistam que foi por os alemães se terem curvado para atar os sapatos. Além disso, a neve tem boa aparência, anima as pessoas, e – sempre que quer – abre os telejornais.
A neve conseguiu o que Gordon Brown, Romano Prodi, Paulo Krugman, 11 milhões de gregos e 10 milhões de portugueses não conseguiram: mandar a Merkel ao chão. A chanceler alemã partiu a bacia enquanto esquiava nas férias de Natal e agora é forçada a andar de muletas. É a isto que se chama abrandar a austeridade. E ainda dizem que os alemães não têm jeito para quebrar o gelo...
A neve é lixada para os germânicos (a propósito: Força Schumi! As melhoras campeão!), mas não só. Basta ver o exemplo de Michael Kennedy (esta família quase que não conta: “acidente” e “Kennedy” é pleonasmo), que em 1997 morreu desta forma e já este ano um príncipe holandês, que morreu na sequência do mesmo tipo de acidente.
Por cá – em época de animal feroz – Sócrates (em 2006) também teve os seus confrontos com a neve a esquiar, tendo esta terrível inimiga feito do primeiro-ministro um português suave de muletas. A neve, aqui, mais eficaz que Marques Mendes, então líder da oposição.
Conclusão: Se queremos parar com a austeridade não é preciso pedir um segundo resgate, um programa cautelar ou juros da dívida abaixo dos 6%. Basta receber a nossa chanceler na Serra da Estrela no Inverno. Caso contrário, como dizem os senhores do Meo, temos sempre o Marco do Big Brother.
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