sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

10 provas do Ecletismo artístico do Sporting

Da Literatura ao Cinema, passando pela escultura ou o Teatro, são várias as referências culturais ao Sporting. De fora ficaram, naturalmente, as músicas da Juve Leo e das restantes claques, a marcha da Maria José Valério ou o "Cantinho do Morais" da Margarida Amaral. Não que eu as ache menos bonitas que estas obras artísticas, mas porque a ideia era identificar referências culturais que não fossem diretamente dirigidas ao clube, como são os hinos ou os cânticos de claque.

Escolhi dez exemplos que mostram que, até enquanto referência cultural, o Sporting é eclético. É fonte de inspiração de rappers, é História do Cinema,  é ornamento literário de autores premiados (Nobel incluído), tema de cronistas e filósofos. Enfim, o Sporting é tudo. Podem dizer que o Benfica também tem o Movimento Perpétuo Associativo, dos Deolinda, o Zorro, do Represas, o poema do Manuel Alegre sobre o Eusébio ou o telefilme da SIC "Lampião da Estrela". Mas com este ecletismo que vos apresento, só mesmo o Sporting. O Lobo Antunes (benfiquista, tal como Saramago) pode ter uma frase no Museu Cosme Damião e a Joana Vasconcelos fazer esculturas e afins para o museu BMG FC Porto, mas se a Arte fosse uma modalidade desportiva - como em mais de 90% das restantes - o Sporting seria o maior. E o melhor.



1. Em “O Teu Rosto será o último
de João Ricardo Pedro:


Num excerto do romance que ganhou o prémio Leya em 2011, pode ler-se:

“O mais certo seria Duarte responder que não tinha um grande sonho, mas dois: o Sporting ganhar a taça dos campeões europeus, e o Índio ser reconhecido, um dia, como o maior artista do seu tempo”






2. Em “O Leão da Estrela”, filme de Artur Duarte de 1947

O protagonista Anastácio (António Silva) é um fanático adepto do Sporting.
Uma das cenas marcantes do filme é o festejo de um golo do Sporting, num jogo contra o Futebol Clube do Porto:



3. Em “A Noite”, peça de teatro da autoria de José Saramago


Pinto, o redactor desportivo, comenta:

- O Sporting ontem lá ganhou, hã? Quatro secos à Académica!





 4. Em "Os sítios sem resposta", romance de Joel Neto

São várias as referências ao Sporting ao longo do livro, uma vez que trata-se de um adepto do Sporting que muda de clube, passando a ser do Carnide.


“- Que se lixe. Um homem muda de mulher, muda de partido, muda de religião, muda de tudo aquilo que quiser, até de sexo, mas de clube é que não muda nunca. Portanto, viva o Sporting!





5. No "Madagáscar 2", versão portuguesa















O leão Alex (na voz de Pedro Laginha) vira-se para os pequenos leões e diz:

“Vamos lá meus sportinguistazinhos!”


6. Em A Pré-História da Minha Ida ao Futebol, crónica de Eduardo Prado Coelho


"Nunca escondi essa característica da minha personalidade que é ter nascido sportinguista. Para falar verdade, não sei o que isto significa ao certo. Não consigo descobrir se se trata de um imperativo do destino, se de uma decisão racional (mas que racionalidade poderá existir aqui?). Sei apenas que sofro absurdamente quando o Sporting está a perder e que partilho a alegria de todas as vitórias, mesmo que seja sobre um clube da III Divisão: ganharam 4 a zero? São os melhores." 


7. Em "Baza Correr com o Paulo Bento", do rapper Valete

“Eu sou sportinguista de compromisso tácito
Coração verde e branco às riscas como um fanático
Vi o Sporting com mística, vi o Sporting apático
Chorei fracassos e conquistas desde Jordão a Sá Pinto





8. Em A Festa do Avante, crónica de Miguel Esteves Cardoso

"Espero que não se ofendam os sportinguistas e comunistas quando eu disser que estar na Festa do Avante! Foi como assistir à festa de rua quando o Sporting ganhou o campeonato. Até aí eu tinha a ideia, como sábio benfiquista, que os sportinguistas eram uma minúscula agremiação de queques em que um dos requisitos fundamentais era não gostar muito de futebol.

Quando vi as multidões de sportinguistas a festejar – de todas as classes, cores e qualidades de camisolas -, fiquei tão espantado que ainda levei uns minutos a ficar profundamente deprimido."



9. Em "Considerações” do ensaísta e filósofo Agostinho da Silva

Para o que ama o Sporting e a Verdade não há descanso nem termo, porque o/a vê no próprio caminhar, o surpreende no esforço contínuo da marcha; o Sporting e a Verdade não são um desejo de chegar, mas o anseio de superar.
Não me importa o resultado, mas o método.”

10. Em Estátua do Marquês de Pombal, de Francisco dos Santos

Francisco dos Santos, autor da estátua do Marquês de Pombal, foi jogador e dirigente do Sporting. António Couto, um dos projetistas da estátua do Marquês, terá confessado que o facto de ambos serem sportinguistas pesou na escolha de um leão como figura de adorno de Sebastião José de Carvalho e Melo. Não deixa de ser estranho que o Benfica queira ali festejar o título.


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ru(i)nning Project I: Hola, nuestros hermanos

The difficult is not to reach the end
The difficult is to start





Objetivo: Moscovo. Comecei a correr na segunda metade de 2013, de forma irregular. Nuns meses mais intenso, noutros menos. Tenho um aparelho que faz as contas por mim e que me diz que, até ao momento, já percorri 324,64km (dos quais 85 km no último mês – mais de ¼ do que fiz em todos os anteriores).

Escrevo este post para dizer que, segundo o Google Maps, cheguei há poucos dias a Espanha, uma vez que não segui o percurso mais fácil, por Badajoz (para resistir aos caramelos), mas passei a fronteira via Vilar Formoso. O grande objetivo para 2014 é percorrer, até ao final do ano, um total de 1000 quilómetros. Se conseguir, chegarei ao acumulado de 1248 km, o que significa que ficarei a cerca de 400 quilómetros de Paris e já terei passado por Bordéus.



Já terei mais de 30 anos quando chegar à Russia, mas o objetivo é mesmo chegar às torres do Kremlin, em Moscovo (mais de 4400 km de distância). É importante que se perceba que, no Ruinning, o percurso pela Europa é fictício. Corro, basicamente, sempre nos mesmos sítios: na ciclovia que começa nos tibunais cíveis em Lisboa e vai até Monsanto e na pista da marginal, entre o Cais de Sodré e Belém. Mas é engraçado medir as distâncias das corridas e ver a que avanços correspondem no mapa da Europa. É uma espécie de auto-motivação. Desafio todos a fazerem o mesmo, basta descarregarem uma aplicação de corrida gratuita e depois fazer as contas no Google Maps.

No Ruinning não tenho nenhum objetivo de apoiar a seleção (embora conte “chegar” a Moscovo antes do Mundial de 2018), nem de dar um euro por cada quilómetro percorrido para uma instituição de caridade (não tenho sponsor para isso). É apenas um desafio a mim mesmo, numa modalidade que chamo o Ruinninig (Epistemologicamente falando: Rui + running).














Estou neste momento a passar por Ciudad Rodrigo, na província de Salamanca. Diz o site do turismo espanhol que a cidade tem um castelo e uma catedral muito bonitos. Mais logo, na minha corrida noturna, quando sentir aquela brisa do Tejo, vou fechar os olhos e tentar imaginar que corro por Ciudad Rodrigo. Pensando bem, não é lá grande troca.

Lá para março, quando chegar a Salamanca, colocarei aqui outro post. Farei também questão de contar as peripécias desta minha aventura, sempre que se justifique. Até porque, naturalmente, vou fazendo provas oficiais pelo caminho. Ready, Set, Go!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Já não há cromos como antigamente


Lembram-se de um certo 'bolo' com recheio de chocolate, cujo nome começa em  "Bol" e termina em "cao"? Pois esta semana estava em promoção no supermercado e decidi comprar para recordar os meus tempos de infância/adolescência. Pois bem, tive uma decepção. Não com o sabor, que continua o mesmo, mas com a falta do cromo.

Sim, o cromo, aquele objecto que tantas alegrias infantis me deu quando o encontrava nas embalagens destes 'bolos' ou nos pacotes de batatas fritas. Era um dois em um. Recordo a expectativa e a ansiedade em ver que cromo me tinha calhado! Quer fosse aquele que procurava para completar a colecção, quer fosse um repetido que depois podia trocar com um amigo, era uma festa de cada vez que abria as embalagens ou pacotes.

E foi exactamente essa expectativa que voltou a apoderar-se de mim esta semana com a minha compra. Na fila da caixa do supermercado entretia-me a pensar que cromos estariam naquele pacote, que iria actualizar-me quanto às novas tendências dos cromos! Só que tudo isto só aumentou a minha desilusão ao ver em casa que afinal já não há cromos nestas embalagens, como já não há nos pacotes de batatas fritas.

Por isso, lembrei-me que ainda guardo uma caixa com cromos antigos e decidi revê-los. Aqui estão duas fotos para recordar como nos anos 1980/90 coleccionar cromos destas embalagens e pacotes era uma verdadeira devoção.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Um dia havemos de ir ao Palau

A vida só é bem aproveitada se tivermos objectivos bem definidos. O meu grande objectivo de vida é ir ao Palau. Poderei fazer a minha viagem de sonho à Índia, mas nada se comparará ao Palau (e desculpem se prefiro dizer “ao Palau” em vez de “a Palau”).

Nada pode bater um país onde os habitantes se apresentam como construtores exímios de canoas – já que a subida do nível das águas do mar os ameaça cada vez mais, essa arte é capaz de dar jeito, digo eu.

Em segundo lugar, ter o búzio marinho como um dos instrumentos musicais típicos do país é no mínimo invulgar – devem estar a pensar que cá em Portugal também há disso, mas continuo a achar que não tem comparação, que é como comparar um pastel de nata da China a um pastel de nata de Portugal (aviso já que os pastéis de nata chineses são pouco doces e esbranquiçados demais).
Foto: Thor Vaz de Leon/Lonely Planet Photographer
A esta hora já várias pessoas deixaram de lado este post do nosso querido Quejo Trivial para ir ao Google procurar fotos das praias do Palau, já estão a sonhar com o clima tropical, a ver receitas com batata doce e mandioca, a rirem-se porque o país tem um dia dos jovens e outro dos idosos, ou então estão a avaliar o consumo de canábis no pequeno território.

Enquanto isso eu podia falar da História, da democracia ou das finanças do país. Mas não me apetece. Simplesmente porque, enquanto isso, eu fui pela milésima vez visitar o site oficial do Palau e já estou a sonhar, planeando a melhor e mais barata forma de voar para o arquipélago da Oceânia. E a pensar que talvez seja uma boa ideia fazer mergulho enquanto por lá estiver e que não posso esquecer a máquina fotográfica para imortalizar em alta definição os pássaros e as flores exóticas.

Há quem diga que alguns pontos do arquipélago são o princípio de tudo. E poderia lá ser de outra maneira num sítio onde os habitantes adoram acrónimos e os colocam por toda a parte em letreiros como “WAVE - Welcome All Visitors Enthusiastically” ou “STARS - Start Treating Alcohol Related Symptoms”?

Confesso que o que mais me fascina é a diferença horária em relação a Portugal, a distância, a dimensão do território. E que o que mais temo é que as ilhas desapareçam com a subida do nível do mar ainda antes de eu ir lá. A Amália Rodrigues cantava que um dia havemos de ir a Viana. A Viana do Castelo eu já fui. Ao Palau é que não. Mas hei-de ir.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Gatos, ratos, veados e minaretes

















Para começar, um bocadinho de poesia, em homenagem a um livro do Manuel Alegre, que por acaso é prosa, mas dá pelo nome de “Cão como nós”. Cá vai:

Five cats is to much
One mouse too
Policies like that
Should be at the Zoo


Portugal está cada vez mais próximo dos Estados Unidos e não é só na dívida brutal, nem por culpa de potenciais transbordos de armas químicas, mas sim por propostas bizarras, oriundas de órgãos de soberania. Eu sei que é difícil chegarmos ao nível de "bizarrice" dos EUA: É preciso lembrar que no Alabama é proibido andar com gelados no bolso; Na Califórnia não se pode andar de bicicleta dentro de uma piscina; no Hawai não se pode carregar moedas na orelha; No Texas os jovens não podem ter cortes de cabelo alternativos; No Delaware são proíbidas as calças de cintura apertada; No Arizona é proíbido aos cidadãos terem mais de dois dildos em casa; No Wiscosin os restaurantes estão proibídos de vender torta de maçã sem queijo; Entre outras.

Não chegamos aos calcanhares do Tio Sam, mas estamos a esmerar-nos para isso, como demonstram os últimos meses. Talvez a proposta que mais se aproxime dos norte-americanos seja a de cadastrar os pais fumadores. Mas vamos à poesia e aos gatos (com promessa de não haver referência à Autobiografia Sumária de Adília Lopes). Comecemos pelo primeiro verso:  Five cats is to much. É verdade: houve uma proposta do Ministério da Agricultura que pretendia limitar o número máximo de animais domésticos a 2 cães e 4 gatos. A proposta veio de um ministério CDS, mas isso não impediu o deputado do CDS de considerar a proposta de “fascismo higiénico”.

Há dias o ridículo voltou a surgir em forma de proposta, mas pela mão de um rato. O procurador João Rato – a pedido da Procuradoria Geral da República –  foi o autor de um relatório que propunha a realização de escutas a jornalistas, juízes e magistrados para combater as violações do segredo de justiça. Ou seja, mandava-se a água do banho fora com o menino lá dentro. O menino era a democracia, que seria sacrificada devido à incompetência do próprio Ministério Público em manter os seus processos confidenciais.

Por último, os veados. Sim. Falo-vos da proposta de referendo à adoção e co-adoção por parte de casais homossexuais. Calma. Alcamem aí os ímpetos arco-íris e não me acusem já de homofobia. Odeio a palavra “veado” para definir um homossexual ou qualquer outra que tenha um sentido ofensivo ou insultuoso (No filme Declaro-vos marido e...marido parece que "picolho" é bem pior). O que eu acho é que o referendo à adoção e co-adoção é o mesmo que chamar “veado” a um homossexual. É insultuoso, vulgar, retrógrado, reacionário e ofensivo.
A proposta de referendo hoje aprovada no Parlamento entra para o anedotário nacional. Para já, porque é uma hipocrisia em si mesma, quando neste momento, na prática, já existe adoção e co-adoção homossexual. Um pai homossexual que tenha a guarda de um filho, pode viver e casar com outro homem. Não há nada que o proíba. Há é uma falta de consagração de direitos de um progenitor sobre um filho em caso de separação ou falecimento do companheiro. O que é inadmissível.

Nos próximos meses não faltarão os profetas da desgraça ao estilo Fox News a alertarem para todos os males que a adoção por casais homossexuais pode ter. Aposto que vai haver estudos "científicos" e tudo. Mas o amor não tem género ou orientação sexual e se a adoção e a co-adoção forem chumbadas em referendo, o País anda uns anos para trás. É uma “vergonha”, como se gritou nas galerias.

Já para não falar dos milhões que se vão gastar com o referendo, falando em bom troikês. A adoção por casais homossexuais devia ser votada na Assembleia da República. A atual maioria obriga-me aqui a chegar ao ponto de citar Sócrates, o político: “Às vezes uma maioria tem de defender os direitos de uma minoria”. Hoje pôs-se um assunto sério na mão da democracia participativa, onde proliferam episódios vergonhosos, como a proibição de minaretes na Suíça. O povo tem a palavra. Veremos como decide. Veremos como decidem aqueles que andaram a partilhar fotos do Mandela nas redes sociais com letras de WordArt por cima. Não me importo que, por defender isto, me chamem veado. Não tem mal. Antes cervo em nome da evolução dos costumes, do que servo dos costumes.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Amanhã (hoje) há Óscares

Porque ainda não vimos grande parte dos filmes que amanhã podem ser nomeados, vamos às futilidades: nós por aqui apreciávamos que os Óscares tivessem uma categoria de Melhor Beijo, à la MTV. Em vez pôr o James Franco e a Anne Hathaway a apresentar para conquistar a geração 'reality-MTV', deviam importar categorias. E escolher outras canções.


Nós somos fãs dos clássicos, como podem ver pela montagem (Oooooo it takes a montage). E vocês?

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Insólitos rolezinhos

O ser humano é uma surpresa e o mundo também não pára (sim Acordo Ortográfico, continuo a escrever "pára" com acento!!!) de nos surpreender:

Depois de em outubro de 2013 a Câmara Municipal de Madrid ter anunciado que os músicos de rua eram obrigados a fazer uma prova que lhes permitisse tocar nas ruas da capital espanhola;

Depois de em novembro de 2013 as crianças da localidade espanhola de Picón, Ciudad Real, terem sido obrigadas a pedir autorização à Câmara Municipal para poder brincar na rua (andar de bicicleta, andar de patins, jogar à bola com os vizinhos passa a poder dar multa);

Depois de na semana passada, uma escola cabo-verdiana de São Vicente ter proibido aos alunos o uso de mini-saias e calças de fundo baixo;

Depois de na semana passada se ter ficado a saber que uma das práticas de guerra na República Centro-Africana é o canibalismo;

Depois de no final da semana passada a cidade italiana de Nápoles ter anunciado que quer identificar as fezes de cão nas ruas para multar os seus donos;

Há um assunto importante que quero destacar (não quero dizer que os outros não sejam importantes, mas alerto para este pela dimensão que está a tomar e pela repetição deste fenómeno tão próximo do Mundial de futebol do Brasil).

No sábado passado, os jovens da periferia de São Paulo (jovens pobres, entenda-se) marcaram mais um “rolezinho” e voltou a haver confusão com a polícia. Para quem nunca ouviu falar, um “rolezinho” é um encontro que jovens suburbanos marcam através das redes sociais em centros comerciais. Eles encontram-se para falar, ouvir música, arranjar namorado/a, passear no centro comercial.

Qual é o problema disto? Chegam a juntar-se centenas ou milhares de jovens em centros comerciais onde a classe média estava habituada a reinar e a fazer tranquilamente as suas compras (como aconteceu antes do Natal).

Volto a perguntar qual é o problema disto? A polícia intervém e usa gás e balas de borracha, como aconteceu no sábado. Os lojistas fecham as lojas com medo de saques. O centro comercial acaba por fechar a meio da tarde.

A justiça até tinha determinado multas para quem participasse neste encontro, após os furtos que se verificaram em dezembro. Mas isso não impediu os jovens de se encontrarem. E, apesar do músculo demonstrado pela polícia, não há registo de furtos nem feridos e o centro comercial reabriu ao final da tarde.

Houve mesmo queixas de outros jovens que não faziam parte deste “rolezinho” mas que estavam no centro comercial por acaso e dizem ter sido agredidos pela polícia.

Resumindo, o objetivo dos “rolezinhos” é o convívio, mas as autoridades parecem estar a recear a dimensão que estão a ganhar, porque o Mundial de futebol está quase à porta.

Não se percebe é se esta situação ganha os contornos que tem porque a polícia a isso incentiva com a sua atuação, ou se são os contornos que a situação tem ganhado que leva a polícia a atuar. Ou então percebe-se: as autoridades brasileiras é que estão com dificuldades em lidar com os “rolezinhos”…

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

20 coisas que caracterizam um jornalista português

Confesso que não gosto muito de listas. Nem de listas de compras, nem de listas históricas (veja-se o Index, por exemplo, e valha-nos a valentia de Schindler e Aristides para não ser tudo mau), nem de listas de riqueza (sorry Forbes), nem de listas de despedimentos. Há uns tempos, porém, aprendi a gostar de listas mais inofensivas (o melhor jogador, o melhor golo, as melhores gafes de Bush, as mulheres do Tiger Woods, o país com maior índice de felicidade, etc). Há ainda as listas do Buzzfeed, que até já inspiraram um post anterior.

O Buzzfeed é tão inspirador que estou a profissionalizar-me em listas deste género e agora até já ando a roubar gifs do Tumblr só para dar um maior colorido estético à enumeração. O tema que vos trago hoje é relativo à profissão dos seis autores do blog: todos jornalistas. Depois da NewCastic eleger as "30 coisas que "stressam" os jornalistas" e do inevitável Buzzfeed ter eleito as "23 coisas que os jornalistas adoram" (tradução livre) e as "22 coisas que os jornalistas sabem ser verdade" (tradução livre) decidi avançar para uma nova lista: "As 20 coisas que caracterizam um jornalista português". É, basicamente, uma "tuga version" das listas anteriores, com (muitos) toques de portugalidade. A lista não pretende ofender ninguém, nem ser uma verdade absoluta (até porque excluiu importantes virtudes e qualidades profissionais, éticas e deontológicas dos jornalistas portugueses), mas se alguém a puser nas mãos do grupo dos jornalistas do Facebook tem tudo para ser mais incendiária que o Index (repararam na piada assente no binómio incendiária/livros na fogueira?).

Enfim, é por os meus textos serem tão chatos que prefiro oferecer-vos listas. Aqui estão as 20 coisas que definem um jornalista português:

1. Odeia transcrever entrevistas



2. Diz várias asneiras na redação



3. Já se sentiu desiludido com a classe após ler  posts do grupo "Jornalistas" no Facebook



4. Já foi, pelo menos uma vez,
a um destes locais





5. Já teve Termo de Identidade e Residência




6. Esquece a imparcialidade quando
entra em campo a Selecção Nacional



7. É viciado em café




8. Odeia que repórteres de
programas
de entretenimento
sejam confundidos com jornalistas




9. Irrita-se com comentários
feitos pelos leitores online




10. Já deu pelo menos uma notícia
sobre o processo Casa Pia

















11. Tem um carinho especial,
quase paternal, em relação a Timor




12. Gosta de ver a série 'Newsroom'




13. Ri-se de algumas atitudes dos
camaradas de profissão




14. Já se viu obrigado a levantar a voz
para responder a um assessor ou a um
político desagradado com uma notícia




15. Já se sentiu revoltado por ser
obrigado a participar numa conferência
de imprensa sem direito a perguntas




16. Raramente utiliza a carteira
profissional






















(A não ser que trabalhe na AR...)

17. Já perdeu um texto porque
o Milenium bloqueou






















18. Raramente leva os estagiários a sério.


















19. Já pensou pelo menos uma vez:

Jornalista de imprensa: "Porque é que os jornalistas da TV se metem à nossa frente como se fôssemos invisíveis?"


Jornalista de rádio: Porque é que os tipos da TV passam à nossa frente e os de imprensa nos empurram pelas costas?  

 

Jornalista de televisão: "Porque é que os tipos da rádio não saem dos nossos planos e os de imprensa têm de nos estar aqui a chatear se só vão escrever isto para amanhã?"













20. Irrita-se com os assessores
que abusivamente os tratam
como se fosse
m amigos















 


Smile: you’ve got mail!

Abrir a caixa de correio (a física, à moda antiga, não a virtual) normalmente não traz nada de bom. Longe vão os tempos em que nos vinham parar a casa postais e cartas escritas à mão, cheias de histórias e ternura, ou publicidades engraçadas com prendinhas embrulhadas. Agora, abre-se a caixa e normalmente encontram-se… contas. Até a La Redoute já se rendeu à publicidade online e deixou de distribuir o seu mini-catálogo em papel por esse Portugal fora.

Mas eis que agora todos podemos novamente voltar a receber prendinhas pelo correio (desde que paguemos a módica quantia de 28,5 euros por mês, mas isso agora não interessa nada). Tudo graças a uma ideia – giríssima, quanto a mim, que tenho inveja de não ter sido eu a lembrar-me de um negócio destes – nascida no Reino Unido. A empresa “Not Another Bill” propõe-se a deixar, todos os meses, uma prendinha na caixa do correio dos seus clientes. Mas não uma prendinha qualquer, só coisas engraçadas, fofas e diferentes, saídas da imaginação de novas marcas, designers e artistas. O objetivo é mesmo esse: divulgar novos projetos, ainda pouco conhecidos do grande público. Tanto que todas as prendinhas vêm acompanhadas por uma carta com informações sobre a marca e autor do artigo.

No site há fotografias de algumas das prendas já enviadas, todas fantásticas. Apetecia-me falar de várias (e, principalmente, recebê-las cá em casa), mas o meu sentido patriótico obriga-me a destacar uma com cores portuguesas: um pincel de fazer a barba, pintado à mão e comercializado a partir de Londres, através de uma loja online chamada “Saudade”. Mais uma prova de que, não interessa onde vamos, há-de lá estar sempre um português.


domingo, 12 de janeiro de 2014

É tudo uma questão de cor


  
"Floresce com confiança e calor mágico que intriga o olhar e desperta a imaginação. É um roxo expressivo, criativo e abrangente que conquista com o seu charme sedutor. A harmonia cativante dos tons de fúcsia, roxo e rosa. Emana grande alegria, amor e saúde."

O quê as imagens nada têm a ver com as palavras? À primeira vista parece que não, é certo. Mas vamos aos detalhes: a Pantone (a mais reconhecida autoridade em matéria de cor) definiu com estas palavras que 2014 vai ser o ano da Orquídea Radiante (uma espécie de roxo e rosa) e vai daí o nosso vice-primeiro ministro não quis ficar atrás e no lançamento do seu relógio de adeus à troika (que até parece estar fora de horas), a 15 de dezembro, decidiu já dar o tom para o novo ano.

Talvez esperançoso que o adeus à troika traga alegria, amor e saúde aos portugueses ou apenas porque é fã desta cor, Paulo Portas não só decidiu usar uma camisola nestes tons, como o próprio fundo da contagem decrescente não foge à paleta definida para 2014.

As vedetas de Hollywood já começaram a imitar o nosso vice-primeiro e nós vamos começar a fazer o mesmo, certo? Toca a tirar do armário todos os roxos, fúcsias, rosas e orquídeas radiantes.



















Se ainda precisam de mais argumentos, esta é a cor favorita de Michelle Obama.





quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Uma casa com 'mau' ambiente

Ioane Teitiota não queria voltar para casa. Provavelmente por causa da pobreza, mas o argumento que usou em tribunal também ajuda a explicar essa pobreza.

Ioane, de 37 anos, acusou o governo do seu Kiribati natal de passividade perante as alterações climáticas que ameaçam a existência deste arquipélago do Pacífico. É que além de estar a perder território (que em muitas das 32 ilhas é de apenas dois metros acima do nível do mar) com a subida do nível do mar, este fenómeno está também a aumentar os efeitos das ondas e das tempestades, poluindo os lençóis de água doce e matando as terras agrícolas.

Por isso quando o seu visto de residência na Nova Zelândia caducou, Ioane Teitiota, pai de três filhos já aí nascidos, tentou aplicar o estatuto de refugiado às catástrofes ambientais.


O processo teve o seu desfecho em novembro e o tribunal de Auckland, que podia ter feito história ao aceitar o primeiro refugiado ambiental, acabou por recusar o pedido de asilo deste homem. Alegando que a convenção do estatuto de refugiado, assinada após a II Guerra Mundial em 1951, estabelece que os casos de perseguição que justificam um pedido de asilo têm a ver com a acção directa humana. Ou seja, quando voltasse ao seu país Ioane não ia ver os seus direitos sistematicamente violados.

O homem pode ter perdido a sua causa pessoal, mas de certo lançou o debate do que vai ser o futuro dos seus conterrâneos e outros vizinhos. Por enquanto, resta-lhes a Categoria de Acesso do Pacífico (PAC), um acordo de imigração de 2001, entre os governos de Tuvalu, Fiji, Kiribati, Tonga e Nova Zelândia, para que os cidadãos destes arquipélagos ameaçados possam ser acolhidos pela Nova Zelândia. Cada país possui uma quota de cidadãos que podem ter uma residência garantida na Nova Zelândia a cada ano.

Já é alguma coisa dirão alguns...

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Cuidado fräulein Merkel, foi assim que Alemanha perdeu a Guerra

Declaração de interesses: Eu não acredito que o Paul McCartney esteja morto. Nem que o Obama seja o Diabo. Nem que o Elvis está vivo. E, muito menos que a Merkel seja um novo Adolf. Acho esta comparação até de uma demagogia inquietante. Mas também não sou um admirador da nossa chanceler ao ponto de reinventar a música dos Hot Chocolate, para um “I believe in Merkel”. No entanto, gosto deste vídeo e sugiro que dancem ao som dele.

 

Agora que já estão cansados, vamos ao que interessa. Os alemães têm um defeito de fabrico chato que prejudica quando queremos falar do passado: são alemães. É impossível falar da última guerra dos “tedescos” sem abordar o exército nazi. Aqui na parte NATO da Europa gostamos de acreditar que foi no “dia D” ou nos bombardeamentos da RAF sobre Berlim que esteve a chave para a vitória dos Aliados na II Guerra Mundial.

Não querendo reescrever a história, lembro que no comité central exalta-se um episódio diferente que dá pelo nome de “Batalha de Estalinegrado”. A campanha começou muito bem para os alemães que avançaram pujantes e até chegaram a ver as torres do Kremlin. No entanto, chegou um inimigo poderoso – o maior aliado de Estaline – e o poderoso exército nazi, desde o material bélico aos soldados, começou a claudicar. Foram forçados a recuar, numa história que já todos sabem como acaba: num bunker.

Esse grande inimigo foi... a neve. Não subestimem os seus poderes. Hitler que o diga. Foi ela (a neve) que fez a Alemanha perder a Guerra em 1945, embora as crianças na preparatória insistam que foi por os alemães se terem curvado para atar os sapatos. Além disso, a neve tem boa aparência, anima as pessoas, e – sempre que quer – abre os telejornais.

A neve conseguiu o que Gordon Brown, Romano Prodi, Paulo Krugman, 11 milhões de gregos e 10 milhões de portugueses não conseguiram: mandar a Merkel ao chão. A chanceler alemã partiu a bacia enquanto esquiava nas férias de Natal e agora é forçada a andar de muletas. É a isto que se chama abrandar a austeridade. E ainda dizem que os alemães não têm jeito para quebrar o gelo...

A neve é lixada para os germânicos (a propósito: Força Schumi! As melhoras campeão!), mas não . Basta ver o exemplo de Michael Kennedy (esta família quase que não conta: “acidente” e “Kennedy” é pleonasmo), que em 1997 morreu desta forma e já este ano um príncipe holandês, que morreu na sequência do mesmo tipo de acidente.

Por cá – em época de animal feroz – Sócrates (em 2006) também teve os seus confrontos com a neve a esquiar, tendo esta terrível inimiga feito do primeiro-ministro um português suave de muletas. A neve,  aqui, mais eficaz que Marques Mendes, então líder da oposição.

Conclusão: Se queremos parar com a austeridade não é preciso pedir um segundo resgate, um programa cautelar ou juros da dívida abaixo dos 6%. Basta receber a nossa chanceler na Serra da Estrela no Inverno. Caso contrário, como dizem os senhores do Meo, temos sempre o Marco do Big Brother.

Aí está o hit do verão 2014


Não há palavras suficientemente boas para adjetivar este videoclipe. Está lá tudo: letra bonita (e voz ainda melhor), música contagiante, coreografia desenvolvida pelo grupo de dança rítmica lá do bairro (e ainda assim as moças conseguem estar descoordenadas), encenação pouco natural, filmagens de categoria, vestidos comprados nos saldos da Berska e mamas.

Obrigada, Bernardina, não era preciso teres-te incomodado tanto. Agora vai lá fechar-te numa casa mais um bocadinho, a ver se isso passa.





Cristiano Ronaldo & David (de Miguel Ângelo): a partir pedra até à perfeição


Quando quer falar de jogadores de futebol, Manuel Alegre faz obras de arte: belos poemas (que, à força da rima, fazem dele a pessoa que mais usa a palavra teorema, desde Pitágoras). Nós, aqui no Queijo Trivial, somos mais humildes: apenas comparamos jogadores a obras de arte. E, na minha crónica inaugural neste espaço, falo da figura que promete marcar o ano: o David de Miguel Ângelo, ou seja, Cristiano Ronaldo.
Vaidoso, CR7 não enjeitaria uma homenagem sob a forma de estátua de uma figura anatómica perfeita, de 5,17 metros de altura (embora talvez aproveitasse para tapar-lhe as miudezas e assim promover a sua linha de roupa interior).
 Porém, a comparação é com o essencial - vai além da vaidade. A obra de Miguel Ângelo é um imenso trabalho de aperfeiçoamento - um bloco de pedra trabalhado ao longo três anos - como o futebolista madeirense o é, dentro e fora de campo, de tomahaws aprimorados, biceps tonificados e imagem socialmente polida. Da pedra talhada por Alex Ferguson e Jorge Mendes, um adolescente rebelde mal nascido na Madeira, já nada resta. É um trabalho de génio, rigor e pormenor, perante o qual o mundo abre a boca de espanto.
Depois, há o contexto e o significado. A estátua mostra David na expectativa, antes de confrontar Golías, o desafio que todos julgavam impossível de superar (não será diferente do que, em 2014, se acha da hipótese de Ronaldo levar Portugal ao título mundial de futebol). E, da mesma maneira que o David de Miguel Ângelo se tornou o maior símbolo da república de Florença, no Renascimento, também Ronaldo é o maior ícone de um país cada vez mais carente de heróis.
É preciso continuar? Da perfeição teórica e aspiração à imortalidade de Cristiano Ronaldo, está dito o essencial. Quanto ao melhor jogador do mundo (sim, Messi), a comparação fica para outra ocasião.

Adeus Eusébio.

O Eusébio deixou de jogar no ano em que eu nasci. Terminou a carreira do lado de lá do Atlântico, nos Buffalo Stallions, uma equipa de futebol indoor, na época de 1979/80. Por isso, nunca vi o Rei a marcar, sem ser nas imagens de televisão que me parecem estranhamente aceleradas quando ele arranca detrás dos defesas. Mas não faz mal, foi sempre através dos olhos do meu pai que vi o Eusébio. O olhar do miúdo de 10 anos que ia a pé de Campolide ao antigo Estádio da Luz para ver o Benfica jogar. A surpresa do miúdo de 13 anos que numa noite de maio foi ver o jogo de apresentação de outro pouco mais velho que ele e descobriu o melhor jogador do mundo. A atenção do miúdo que ouvia os relatos quando o Benfica jogava fora, mas que não perdeu mais de dois ou três jogos do Eusébio em casa. O orgulho do miúdo de 18 anos que viu o Pantera Negra levar a seleção de um país que se desfazia ao terceiro lugar do Mundial. Descobri o Eusébio quando descobri que o meu pai também tinha sido miúdo e que não tinha sido sempre o pai que me punhas às cavalitas e me levava aos jogos apesar de eu me queixar de não haver repetições e de os amigos de vez em quando dizerem uns palavrões, perseguidos sempre por um "olha a miúda". Por isso, depois de ver os vídeos do Rei espalhados pela internet, ou em vez de ver os vídeos, vou pedir ao meu pai que conte aquela vez que demos cinco ao Real Madrid do Puskas e estava tanta gente que tiveram de construir uma bancada que deixou os cangondeiros agarrados e o Eusébio marcou dois golos.

Adeus Eusébio.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

27 coisas que nos fazem sentir velhos

Apresento-vos a lista das 27 coisas que me fazem sentir velho. Porquê 27? Porque fiz 27 anos há pouco tempo, o que não significa que aos 60 tenha que fazer listas saudosistas com 20 metros de páginas de web. A ideia partiu daqui , uma lista que tem um defeito: é muito americanizada. Então fiz uma versão lusitana. Aposto que se vão sentir velhos. Pelo menos, quem nasceu antes de 1986. Aqui estão as 27 coisas que me fazem sentir velho. A mim e a vocês:

1. A Arca Noé já saiu do ar há 19 anos

 

 

 

 

 

 




2. O Médico de Família estreou-se
na SIC há mais de 16 anos


 

 

 

 

 



 

3. O 'Conspiracy of one' dos Offspring
foi lançado há  mais de 13 anos















4. Os Excesso lançaram a música
“Eu sou aquele” há 16 anos










5. O Alf foi lançado em Portugal há 26 anos












... e os miúdos que entraram este ano para
a universidade perguntam: Quem é o Alf?


6. Faz 20 anos que os Moto Ratos de Marte
se estrearam no Bueréré de fim-de-semana







 

 

 

 


7. A Expo 98 foi há mais de 15 anos











 

8. O Graeme Souness assinou contrato
com o Benfica há mais de 16 anos







9. Já passaram mais de 14 anos desde
que Peter Schmeichel assinou pelo
pelo Sporting (foi campeão nessa época)







 

 

 

 

 

 

10. Já passaram mais de 18 anos desde que
Portas saiu do Independente e deixou de
comer “Vichyssoise à Marcelo”. E mais
de 7 anos desde o fim do jornal 



11. Este verão completa-se uma década
da realização do Euro 2004











12. Passaram mais de 12 anos
do 11 de Setembro 











13. O Macaulay Culkin já tem 33 anos

  

 

14. A tragédia de Entre-os-Rios
      foi há mais de 12 anos











15. Passaram mais de 53 anos
desde que uma praia portuguesa
recebeu a 1ª Bola de Nívea











16. Passaram mais de 13 anos
do lançamento do “Chocolate
Starfish and the Hot Dog Flavored
Water”, dos Limp Bizkit 
















17.  O "buzinão" na Ponte
fará, este ano, 20 anos








18. O Batatinha e o Companhia
andaram à porrada há mais
de 11 anos no Batatoon














19. O pequeno Saúl Ricardo
tem 26 anos



20. Portugal já adoptou o DOT
       há mais de 13 anos 






 

 

 

 

 

 21. A Rua Sésamo foi emitida
na RTP pela 1ª vez há 24 anos












22. Passaram 12 anos desde
que Guterres deixou o "pântano"













23. E quase 9 desde que foi criado o videoclip do “Menino Guerreiro” de Santana Lopes

 

 

24. Passaram mais de 16 anos
da estreia do Herman Enciclopédia








 

 

 

 

25. E mais de 14 anos desde
que o Krpan chegou ao Sporting













 

 


26. Mais de 21 anos desde que
Sousa Lara fez com que o Saramago
partisse para o  'exílio' nas Canárias














27. A Amália, o Cunhal e o
Eusébio já  não estão entre nós